segunda-feira, 11 de junho de 2012

Casamento


Se dissesse que foi como em um filme, talvez me acusassem de abuso dos clichês. Como não ligo nem um pouco para as críticas, insistirei nesta linha: foi, sim, como em um filme. Com todos os componentes de uma fita que fica para a história, que os avós vêem, depois os pais, os filhos, e a emoção parece genética, tal sua  força e familiaridade.

No traje, nas músicas, na decoração, nas palavras, no show, nos máximos detalhes, o esmero do casal. A denúncia do seu respeito e amor pelos convidados. Na cerimônia, o patrimônio mais precioso que eles poderiam adquirir: aplausos, sorrisos, lágrimas, beijos e abraços dos seus entes mais queridos. 

Saber que sou um deles, que estive próximo em alguns momentos importantes da sua trajetória, que sou bem-vindo em sua casa e em suas orações, que pude compartilhar dos aplausos, sorrisos, lágrimas, beijos e abraços da apoteose da festa que os uniu, é um presente - dádiva que se renova e fortalece a cada encontro. Presente porque, de maneira muito especial e particular, eles me devolvem, na íntegra, gratuitamente, a esperança que esta vida maluca me rouba em outros lugares, outros contextos. E, com seu afeto sincero, imenso, transbordante, seus narizes vermelhos e sapatilhas douradas, não somente não deixam o show parar, como diluem as fronteiras entre palco e platéia, olho e tela, ouro e pedra.

O casamento pode ter os mais diversos significados, seja para a religião, para a lei, para a sociedade, para o imaginário, para os devaneios românticos e as aterrissagens realistas. Vem, de costume, cercado de expectativas, rótulos, medos, coragens, sinas, surpresas. Já constituiu tema para todas as formas de arte e não-arte imagináveis.

Depois deste feriado inesquecível, porém, nada disso tem importância. Casamento, para mim, resume-se, neste instante, a amor, felicidade, um campo de flores que se estende além do alcance da vista e o som da música, prenunciando horas ainda mais amáveis, floridas e felizes. Muito obrigado por tornarem verdadeiro e verossímill este sonho para mim. E continuem sendo estas pessoas que, juntas, valorizam, cuidam e completam uma à outra, o que é tão bonito e inspirador de se ver.

Com carinho,

Allan