quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Mantra


1. Não adie por muito tempo. Se tiver que fazer, faça. Se tiver de dizer, diga. Depois, quando não impossível, fica muito difícil. Depois, tudo mudou. As coisas perdem o efeito. As palavras entram por um ouvido e saem pelo outro.

2. Se não puder acontecer, melhor se convencer o quanto antes. As alternativas são infinitas. Não reconhecer é quase um egoísmo. Não vale a pena levantar da cama sentindo um vazio no peito por causa de um sonho que devia ser verdade há muito tempo.

3. Procure sentido na confusão. Ninguém vê muito além do próprio nariz, não. Todo mundo tem uma razão de ser ou de não ser. Medo, fraqueza, falta de confiança... Intuição. Deixe que a expressão supere a aparência, a sua e a dos outros.

*

Aceitar

Aceitar
Que esse labirinto
Jamais será extinto
Não existe saída
É assim, a vida...

Aceitar
Que certas coisas não são mesmo pra ser
Nunca vão acontecer
Comigo, com o mundo, com você
O que não impede de sofrer

Aceitar
Que o tempo não corre
Apesar da vontade
O tempo não pára
Apesar da saudade

Aceitar
Que é nossa, a fragilidade,
Não uma distorção da verdade
Que é necessário ser forte
Independente da sorte

Aceitar
Que não tem muito segredo além disso
A despeito do rebuliço
Vigente em nossa cabeça
Aconteça o que aconteça

Aceitar
Que deve haver um motivo
Pelo qual sobrevivo
Mas ele é tão longe, tão vago,
Que não vale um afago

Aceitar
Que, aceitemos ou não,
Certas trilhas em nada dão
Melhor, então, mudar a mão
O show não pode parar...

Allan - 24/09/08

6 comentários:

Anônimo disse...

..Certas palavras aparecem qdo menos esperamos, e mais precisamos ouvir, neh?!
Obrigada Allan.. e, PARABÉNS!! N sabia que escrevia coisas tão bonitas!!
Bjs

Tawuanda disse...

Allan, você é uma pessoa muito especial. A cada palavra sua eu tenho ainda mais a certeza disso.
Não sou tão como você nas palavras, mas queria expressar o quanto você foi é especial; principalmente nas palavras escritas neste e no poema acima.
São palavras sábias, e me arrisco a dizer que são como o Darma, que nada mais é que ensinamentos de Buda.
Mas não deixe, nunca, o orgulho deludido entrar na sua mente.
Sim sou budista e estudo livros budistas há 8 anos. E te digo que muitas destas palavras escritas por você são Darma.
No budismo aprendemos que cada ser vivo possui a semente búdica e você, como todos, a possue e a coloca nestes "poemas". Você mostra o que realmente é a vida: preciosa. Devemos aprender a cada momento que pulsa o caminho que devemos realmente trilhar.
Gostaria de te presentear com dois livros, se você me permite.
O "recado" chegou num momento muito importante e delicado da minha vida, e que as tuas palavras tudo me disse.
Muito obrigada, Allan.
Continue sendo esta pessoa linda.
Me regozijo por você ter este dom este olhar.
Beijocas
Maria Magalhães, uma cidadã dançante.

Anônimo disse...

Mas que é difícil é!hahaha

Unknown disse...

lindo e na hora certa ou,certeiro.beijo no coração

Anônimo disse...

Em meio a todo esse turbilhão confuso, ao ler, ouvir, sentir, cheirar, chorar, sorrir todas essas palavras... Eu paro, sento, respiro, penso e acredite, tento aceitar. Terei que de fato usar como um mantra, pois no dia seguinte a rotina caótica me engole outra vez... Obrigadíssima pelo mantra e dizeres! Dão força e incentivo com arte, nada mais empolgante que toda essa verdade em beleza!! Beijos!

Anônimo disse...

Valeuuuu! Abração
Cláudio Claudino(Iventor de coisas simple)