domingo, 29 de março de 2015

Fuso


Sonhei que estava em uma faculdade nos Estados Unidos. Várias piscinas e quadras em volta. A sala, no estilo de anfiteatro, era escura como um cinema. O professor muito, muito bravo. Os colegas, como não poderia ser diferente, iguais aos brasileiros (muitos, inclusive, eram literalmente os mesmos).
 
Curioso que, nas faculdades que frequentei, nunca treinei ou nadei. Dos países que pretendo visitar, os Estados Unidos não estão, por ora, no topo da lista. A sala não se parecia com nenhuma na essência (na forma, talvez uma mistura da Congregação da FEA com as do IB da Unicamp). Professores bravos nunca o foram comigo - as poucas vezes que me dei mal, foi com os bonzinhos e descolados, sempre muito pródigos em lições de bem viver.
 
Qual a conclusão de tudo isso? Boa pergunta. Insônia e falta de assunto seriam boas respostas, mas não. O Vettel ganhou a corrida, o corpo tá meio desnocado, o celular tocou com promoções imperdíveis na estreia da manhã. Ao fim e ao cabo, cada um fala o que quer, ouve o que não quer.
 
E a vida é bela talvez por isso mesmo: essas insensatezes, esses absurdos de gente que não tem o que fazer senão amolar os outros com crônicas sem importância. Essas diferenças não exatamente de horário, mas de fuso itinerário.
 

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