Uma árvore se cobre de flores e, em meio à profusão de cores da primavera, alguém diz: "é banal!".
Verdade. As pétalas são banais, as estações são banais, o tempo é banal. Apontar a banalidade, ora, o que mais banal? O que mais inútil?
Eu vivo pelo que é banal. Os melhores momentos, aqueles em que mais profundamente amei e compreendi, não necessariamente nesta ordem, foram banais. Aqueles para os quais não me preparei. Ocasiões em que não lembro como estava vestido, se chovia, se o calendário aprovava, se fazia sentido.
Não menospreze o banal. Deixe-o ser assim. Na excepcionalidade simples de sua coleção, quem sabe, a felicidade inconsciente, inesperada e indefinível antes de acontecer.
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