quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Amor
Amor
Se é amor, que seja verdadeiro
E não tenha paradeiro
Dane-se a previdência
Tome-se uma providência
Se é amor, que seja em duas mãos,
Caso contrário, não.
Chame-se de outro nome
Foge daqui e some.
Se é amor, que não se esconda
No arrebate da primeira onda
Firme-se o pé na areia
Quebre-se esta cadeia.
Se é amor, que se perceba
Antes que se nos beba
Calem-se logo as vozes
Unam-se em si, ferozes.
Se é amor, que não se apague o passo
Nem se apegue ao laço
Deixem-se os temores
Rompam-se os pudores
Se é amor, que se diga de uma vez,
Enquanto ainda se tem voz.
Virem, de novo, meninos
Cumpram-se velhos destinos...
Allan - 29/09/08
Assinar:
Postar comentários (Atom)
8 comentários:
Muito lindo... e verdadeiro
Palavras sinceras,
com força, saudosistas.
Adorei.
gotei muito! =)
simples, mas encantador, ou encantador por sua simplicidade...
Gostei muito desta poesia.
Suspiros de humanidade,
palavras que dizem as inconsequências do amar.
Interessante e instigante!
Parabéns e obrigado pelas palavras!Bambu! Turma XLV
Quero um desse pra mim...
Palavras que falam, que calam, que se colam em nosso sentimento e nos cimenta o auso do amor.
Palavras que vêm com achas, com tochas, com cachos de carícias, com fachos de delícias, como um ansiado deleite.
Palavras fogosas, poesia formosa, fértil, sutil, delicada, dedicada...
Pedaços de doces misturados ao sal do talento, da sensibilidade, do instrumento de um fértil e generoso coração.
Mirífico, Allan! Você elevou o amor aos etéreos enlevos.
Só posso me orgulhar da vasteza humana de você!
Apenas para retificar:
Leiam [i]cimentam[/i] onde escrevi "cimenta".
Apenas uma retificação no comentário que fiz acima.
Leiam "cimentam" onde escrevi "cimenta"...
Postar um comentário