Há quase dois mil anos alguém escreveu: "Por que vês tu, pois, o argueiro no olho do teu irmão, e não vês a trave no teu olho?".
E as guerras se sucedem desde então. Teorias se digladiam, nuvens se entrechocam, inflam-se de metano plasticíssimas verdades.
E as guerras se sucedem desde então. Teorias se digladiam, nuvens se entrechocam, inflam-se de metano plasticíssimas verdades.
De todos os lados, para todas as direções, como locomotivas desgovernadas.
Luta? Não está nos trilhos, nos itinerários, nas cancelas, na extração cúpida de mais carvão. Luta é a parca sobrevivência dos que se encavernam e salvam seus filhos, vendo-os brincar, símiles sombras, no regato subterrâneo que afugenta a sede.
Glória? Não está na vitória, no triunfo, na subjugação. Glória é a insciência em que os argueiros, tornados lágrimas, gotas de amor e medo, esperança e luz, unem novamente os irmãos extraviados, na página de um mesmo evangelho.
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