quinta-feira, 19 de julho de 2018

Horas


Há horas gentis no relógio, horas que se dedicam e escutam, horas sinceras e profundas, horas que até amam e cuidam de cada segundo, comprometidas com o tempo que pontuam.

Estão ali, entre os ponteiros, como as luas e os planetas, girando.

Por vezes, ficam tontas e são empurradas, espezinhadas, omitidas dos créditos, deixadas de lado. E, no entanto, sempre pedidas, nos discursos emocionados, nas filosofias de boteco, nas utopias de vitrine. 

Horas heroicas, existam apesar dos trancos, das bombas impostoras que lhes roubam os tique-taques! Permaneçam quando tudo mais, volúvel polaridade, relampejar nas nuvens açodadas.

Sejam a esperança latente de cada novo dia!

Nenhum comentário: