Talvez eu tenha chegado tarde, atrasado como sempre, correndo sobre a esteira das estéreis ilusões.
Talvez, ao revés, tenha chegado cedo demais, precipitado como as chuvas, os raios, as descargas adrenérgicas que nos fazem correr e lutar, debater-nos contra os fatos à deriva.
Talvez nada que ver com o tempo, com a ascensão e queda das grandes potências pineais. Um vale, vento, galhos, cores impossíveis preenchendo o que deveriam ser contornos de um crepúsculo ideal.
Talvez, raias paralelas, as águas não se encontrem.
Talvez, por sobre, nadem, remem, sobrevivam.
Vivam.
Quem saberia?
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